Conheça alguns problemas de saúde que podem ocasionar essa condição

A perda auditiva é uma condição que afeta mais de 460 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A mesma fonte ainda afirma que o quadro, até 2050, pode piorar. Isso porque a tendência é que chegue a 900 milhões de pacientes com esse problema de saúde. A perda auditiva afeta severamente a qualidade de vida de uma pessoa, de modo que, uma pessoa surda ou parcialmente surda, deve modificar grandes áreas da sua vida.

“A perda auditiva pode ter várias causas”, explica a Dra. Rita de Cássia Guimarães, otorrinolaringologista especializada em otoneurologia. Para entendermos melhor sobre essa condição, confira 3 das principais causas da perda auditiva.

Presbiacusia

Presbiacusia é uma doença auditiva comum na terceira idade. De acordo com a especialista, “a perda, nesse caso, ocorre de maneira neurossensorial, progressiva e afeta as duas orelhas”. Apesar de ocorrer geralmente na melhor idade, mediante a exposição intensa a ruídos, fones de ouvido frequentemente e a medicamentos tóxicos, a perda auditiva pode ser antecipada.

Perda auditiva induzida por ruído

A julgar pelo tempo de exposição e intensidade do ruído, existem sons que podem prejudicar e muito a saúde auditiva. Rita afirma que os ouvidos têm estruturas complexas delicadas e podem ser facilmente deterioradas de maneira irreversível. Isso porque, quando o som penetra o canal do ouvido, ele provoca vibrações no tímpano e em 3 ossículos que ficam na região: martelo, bigorna e estribo. Essa vibração produz ondulações nos líquidos da orelha interna e estimula as células sensoriais que, por sua vez, estimulam o nervo e as vias de audição até o cérebro. Assim, “dependendo do ruído, as células sensoriais podem ser afetadas, o que provoca a perda auditiva”, explica a médica.

Otosclerose

Uma causa muito comum que combina fatores genéticos e ambientais é a Otosclerose. Assim, caso algum parente ou familiar tenha perda auditiva, é muito comum o problema se manifestar em outras gerações. Isso ocorre porque, “a doença faz com que ocorram alterações no osso estribo (osso localizado dentro do ouvido) ou até mesmo em algumas regiões da cóclea”, alerta Rita. Mais comum em mulheres do que em homem, bem como mais rara em pessoas de pele negra, a Otosclerose normalmente aparece na faixa dos 20 a 30 anos de idade e se torna mais séria quando atinge mulheres gestantes.

Os cuidados com a saúde auditiva são muito escassos atualmente pela sociedade em geral. No entanto, visto que a perda auditiva ocorre geralmente de forma gradual e praticamente imperceptível pelo paciente, é essencial um cuidado especial para essa área do corpo. “Não utilizar cotonetes para limpar o canal auditivo, tampouco o fone de ouvido sempre em volumes muito altos e sem um descanso para as vias auditivas e ainda não se expor frequentemente a altos ruídos, são algumas das atitudes de prevenção que devemos ter”, finaliza a médica.

Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009)

Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

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