Daniel Kriger é cofundador e CEO da Kenzie Academy Brasil

*Por Daniel Kriger

Todo início de ano é propício para estabelecer novas metas e realizar projetos, principalmente aqueles relacionados à carreira. Afinal, é por meio dela que conseguimos conquistar nossos objetivos. Das 30 profissões mais promissoras para este ano, segundo recente levantamento da consultoria de recursos humanos PageGroup, a área de Tecnologia da Informação (TI) ocupa o segundo lugar no ranking.

A pandemia, de fato, acelerou a transformação digital nas empresas e fez com que o setor passasse pela crise sem grandes dificuldades, apresentando grande demanda por novos projetos e profissionais qualificados. Foi por este motivo que selecionei cinco motivos para quem está pensando em começar o ano com o pé direito na carreira tech ou quem visa uma transição de carreira. Por que não?


1. Altos salários

Além do mercado em constante crescimento e a demanda significativa de vagas na área, - segundo a consultoria McKinsey Company são mais de 2 milhões até 2030; já a Associação Brasileira das Empresas de TI (Brasscom) estima que a área crie 420 mil novas vagas até 2024 -, o salário é um grande atrativo. Um levantamento da plataforma de vagas para programadores Geekhunter identificou que, no Brasil, a faixa salarial está entre R$ 4 e R$ 15 mil,  dependendo do nível de conhecimento do profissional e da localização.

2. Programação no dia a dia de todos

Muitas atividades do nosso dia estão diretamente relacionadas com a tecnologia: os websites que utilizamos para pesquisar informações, os e-commerces para fazer compras, os aplicativos de jogos e estudos, entre outras. Todas essas ações, que fazemos quase que sem perceber, só são possíveis por meio do trabalho de um profissional dedicado no desenvolvimento de muitos códigos. Mais uma vez, a pandemia ampliou muito a demanda por esse tipo de especialista, justamente pela adaptação dos modelos de negócio de muitas companhias para as soluções online.

3. Flexibilidade de horário para trabalhar de qualquer lugar

Com a pandemia e a determinação de distanciamento social, as contratações realizadas remotamente se tornaram cada vez mais comuns, além da flexibilidade de horário, que já é uma realidade na área de tecnologia. Com isso, as oportunidades ficam mais descentralizadas para atuação em qualquer lugar do país e até sem limite de fronteiras, no caso das colocações globais, por exemplo. Esse, sem dúvida, é um grande diferencial para esses profissionais, que podem se adaptar facilmente aos fusos horários do mundo.

4. Formação rápida e acessível

O mercado de TI já oferece diversas opções de cursos rápidos, realizados em apenas 12 meses, voltados para o ensino prático. Além disso, o aprendizado online facilitou muito o acesso à educação, evitando despesas extras com o deslocamento e alimentação fora de casa. É possível também contar com linha de financiamento para custeio de toda a formação, como o método de pagamento Income Share Agreement (ISA), que permite ao aluno pagar o curso após a conclusão dos estudos - e apenas se conseguir colocação profissional, com remuneração compatível com o mercado.

5. Atuação sem diploma

Por fim, a oportunidade de atuar na área tech sem a exigência de uma graduação já é uma realidade em muitas empresas brasileiras, que estão seguindo essa tendência de contratação do mercado de trabalho mundial. Os grandes centros de tecnologia dos Estados Unidos já adotaram essa prática, que permite um aumento no número de candidatos, que podem se destacar por habilidades-chave, como competências comportamentais. E, claro, se posteriormente o profissional desejar ingressar em uma universidade, nada o impede de investir nesse aperfeiçoamento.

*Daniel Kriger é cofundador e CEO da Kenzie Academy Brasil.