6 mitos e verdades sobre processos seletivos anônimos
Cammila Yochabell, CEO de HRTech Jobecam, especializada em Diversidade e Inclusão, destaca que a tecnologia aumenta o ingresso de grupos sub-representados nos recrutamentos
Transformar as seleções de emprego cada vez mais diversas, justas e eficientes não só faz parte do escopo de trabalho da Jobecam, HRTech especializada em Diversidade e Inclusão, como contribui para que as empresas sejam, de fato, diversas. De acordo com pesquisa recente do site Infojobs, na visão de 50,6% dos profissionais, a diversidade e inclusão nas empresas ficam apenas no discurso de marketing, enquanto 43,5% acredita que é uma junção do marketing com conscientização genuína.
Para quebrar preconceitos e tabus sobre a aplicação de ferramentas diversas que utilizam a tecnologia para os processos seletivos, como entrevistas online e anônimas, por exemplo, Cammila Yochabell, CEO e fundadora da Jobecam, explica quais os principais mitos e verdades a respeito do tema:
1- A tecnologia inibe as pessoas
Mito. Independente do meio de transmissão de uma entrevista de emprego, o pilar essencial é que o ambiente criado seja seguro, gentil e respeitoso. E a interação, fluida, explica a CEO. “O objetivo é deixar todos os participantes sempre muito confortáveis, principalmente o entrevistado, para que ele possa desenvolver a conversa e consiga transmitir de forma clara suas necessidades e aspirações profissionais”, afirma.
2- A tecnologia aumenta a diversidade nas empresas
Verdade. “Nas plataformas de seleção, há campos de filtro e busca para vagas afirmativas. As organizações podem inserir cargos para pessoas negras/pretas, mulheres, comunidade LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência (PcD), povos indígenas, quilombolas, etc, assim, conquistam mais talentos destes grupos”, ressalta a CEO.
3- Essas ferramentas escondem as pessoas
Mito. De acordo com Cammilla, esta é uma ressalva até recorrente de muitas pessoas recrutadoras, mas ela repara: “A prática das entrevistas por vídeo e anônimas (onde substituímos o rosto das pessoas por avatares aleatórios com nomes de cidades/países conhecidos, não relevando de início quem está do outro lado) evidencia as reais habilidades profissionais e não características físicas ou emocionais dos talentos”, explica.
4- Seleções por vídeo anônimas reduzem vieses inconscientes
Verdade. “No momento em que focamos a entrevista na trajetória e aptidões profissionais, conseguimos reduzir essas interpretações prévias sobre uma pessoa apenas pelas suas características pessoais, físicas e/ou comportamentais, tornando o processo até mais condizente com a vaga, pois miramos nas habilidades competentes à posição”, finaliza Cammila.
5- As pessoas evitam a modalidade remota
Mito. “A pandemia trouxe uma mudança na nossa relação com a tecnologia, do ponto de vista dos recrutamentos não foi diferente, fez-se presente. Outro ponto importante, gosto sempre de lembrar, muitas pessoas descartam a possibilidade da entrevista in loco por falta de dinheiro para o transporte, por exemplo”, comenta a executiva.
6- Pode ser usada para todos os cargos
Verdade. A seleção anônima e por vídeo pode ser utilizada desde uma vaga para Jovem Aprendiz, estagiário/trainee até diretores de empresas.