Por Sandra Maura, CEO da TOPMIND

Há alguns anos, quando conceitos como a Computação em Nuvem e a Análise de Dados começaram a despontar no dia a dia das empresas, muita gente se perguntou qual seria o rumo da transformação digital. Agora, com as soluções de Cloud e Analytics em pleno destaque, as companhias estão começando a dar os próximos passos dessa trilha de inovação. Ou melhor: elas estão simplificando essa caminhada, investindo em novas soluções de Automação.

Pesquisas indicam que mais de dois terços das maiores empresas do planeta já contam ou planejam integrar ferramentas de automação a suas operações nos próximos dois anos. Isso significa que grande parcela das companhias, hoje em dia, já possui ao menos uma tarefa diária realizada por máquinas ou quer contar rapidamente com aplicações inteligentes em suas organizações.

De acordo com estudos globais sobre automação, o que se estima do segmento são importantes tendências voltadas a um mercado globalizado, extremamente dinâmico e que demande novas tecnologias, soluções sustentáveis, garantindo lucratividade. Entre os exemplos nesse contexto está à eficiência energética, primordialmente relacionada a soluções sustentáveis para esse mercado.

Impulsionada pelos ganhos de produtividade e de economia às companhias, a automação vem sendo apontada como o fator mais importante para a próxima fase da transformação digital global. Atualmente, é possível contar com soluções endereçadas as mais diversas etapas e ações para a organização das companhias. Entre as oportunidades estão a aplicação de recursos para a gestão automática de espaços, com a administração completa dos ambientes e estruturas dos escritórios e plantas fabris, e gerenciamento de segurança, com a análise inteligente de perfis de acesso às informações.

A utilização dessas opções é um caminho prático e eficiente para configurar e gerenciar a dinâmica das equipes, a troca de informações internas, o dimensionamento da estrutura necessária para a manutenção da alta disponibilidade de link de Internet etc. Em síntese, a automação da gestão de espaços corporativos retira das companhias a obrigação de controlar manualmente a utilização de ativos (computadores e projetores, por exemplo), de salas, redes de dados e até a quantidade de baias disponível para uma equipe rotativa de vendas.

Outra oportunidade de automação que já pode ser usada é a digitalização dos sistemas de telepresença e interação, com quadros e telas interativas. A automação das salas de conferência e reunião ajuda a poupar recursos, simplificar a gestão de equipes remotas, acelerar a comunicação entre times e maximizar a disseminação da cultura organizacional. A tecnologia tem o potencial para simplificar todo o entorno das apresentações, colaborando diretamente para a geração de uma experiência mais rica, eficaz e colaborativa.

Fora dos escritórios, as telas são excelentes oportunidades para implementar pontos de venda mais atraentes e modernos. Pesquisas indicam que o uso de soluções digitais interativas pode representar até 30% a mais de chances para atrair novos consumidores a uma marca. Nesse contexto, a automação desses pontos de contato, com inteligência agregada, ampliará o valor das companhias e o retorno às operações.

Seja qual for a opção para o início das ações de automação, a questão primordial é que a automatização das operações deve ser considerada como uma questão estratégica de alta prioridade dentro das companhias. É importante, no entanto, que esse plano seja tocado com ações realmente práticas. O desenvolvimento sistemático de novas tecnologias é importante para consolidar essa estrada de inovação.

A perspectiva para o mercado de automação ao longo de 2019 é positiva. Uma das promessas é que o setor passe a atuar na área de experiência do cliente no universo da automação comercial. Cenário que possibilita boa expectativa para o setor, com projeções de crescimento de cerca de 50% até 2020 no número de profissionais na área, segundo levantamento recente realizado por uma consultoria global.

As companhias que saírem à frente do mercado e entenderem o real propósito da automação, sobre como extrair valor prático das iniciativas, terão muito mais chances de satisfazerem os consumidores e, com isso, terem melhores resultados. Resta saber quem conseguirá ser mais rápido nesse novo movimento.