Com chatbot para rastreio dos fatores psicossociais do trabalho e estresse entre servidores públicos federais, startup gaúcha fica com o 2º lugar e recebe prêmio de R$ 30 mil

Pioneira na mensuração digital de risco psicológico e em avaliações psicológicas digitais, a healthtech BeeTouch foi um dos destaques do Desafio de Inovação em Saúde Mental, promovido pela Fundacentro, órgão do Governo Federal, vinculado ao Ministério da Economia, que tem por objetivo elaborar estudos e pesquisas sobre as questões de segurança, higiene, meio ambiente e medicina do trabalho. A iniciativa foi realizada em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e também contou com apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Para o programa, a startup gaúcha desenvolveu a Plataforma CARE, chatbot para rastreio dos fatores psicossociais do trabalho e estresse entre servidores públicos federais. A proposta da BeeTouch ficou com o segundo lugar, recebendo um prêmio de R﹩ 30 mil.

"Esta premiação revela o quanto estamos no caminho certo e valida não apenas nossa trajetória como uma empresa que rastreia riscos em saúde mental, mas também toda nossa visão, capacidade técnica e potencial inovador. Nossa proposta foi construída em tempo recorde, mas colocamos todo nosso background técnico científico e experiência para vencermos este desafio", destaca a psicóloga Ana Carolina Peuker, fundadora e CEO da BeeTouch.

Ela lembra que, segundo a OMS, 264 milhões de trabalhadores adoecem por depressão e ansiedade, causando prejuízo de US﹩ 1 trilhão/ano por redução de produtividade na economia mundial.

"Uma problemática deste vulto requer ações sistêmicas, exige expertise técnica e a construção de estratégias inovadoras. Essa é nossa filosofia de trabalho. A tecnologia é uma grande aliada para tornar as ações custo efetivas, pois através de diagnóstico adequado e análises preditivas é possível antecipar potenciais riscos de adoecimento, evitando perdas para as organizações e garantindo a saúde e o bem estar dos trabalhadores", afirma Ana Carolina.

De acordo com a empreendedora, a Plataforma CARE traz uma abordagem que contempla cuidado, apoio, rastreio e enfrentamento aos fatores psicossociais do trabalho e ao estresse. "Desenvolvemos para o desafio, um chatbot que avalia os riscos em saúde mental, através de algoritmo especializado e proprietário. Um recurso lúdico, que favorece o engajamento dos trabalhadores e contribui para a busca de ajuda precoce, pois reduz o receio de se expor", enfatiza.

A partir do rastreio dos níveis, fontes de estresse e dos fatores de risco psicossociais é possível desenvolver ações assertivas, baseadas nos dados coletados. Além disso, a assistência aos servidores poderá ser qualificada, com serviços complementares de saúde mental, que combinam soluções baseadas em chat e também intervenções remotas, como, por exemplo, teleatendimento psicológico.

"Quando tratamos do problema de forma sistêmica, percebemos que a avaliação econômica não pode se restringir ao ROI. Deve-se incluir também nesta conta, o VOI (valor do investimento). Há um valor intangível contido em uma força de trabalho mais saudável, que transcende a redução dos custos médicos. Com estratégias tecnológicas e tecnicamente bem planejadas, como a plataforma CARE, é possível escalar o cuidado em saúde mental e favorecer um ambiente psicossocial positivo, no qual os colaboradores se sentem satisfeitos e motivados a buscarem seu equilíbrio integral - físico e psicológico, pontua a CEO da BeeTouch".