De acordo com a Associação Brasileira de Internet das Coisas, o conceito está em ascensão e já é tendência em diversas capitais do país
Mesmo com a crise gerada pela pandemia do Covid-19, a inovação conseguiu avançar no Brasil. O anúncio do Smart21 Intelligent Communities, feito no primeiro semestre deste ano, colocou pela terceira vez consecutiva Curitiba, capital do Paraná, na lista do Smart Community Forum, que traz as 21 comunidades mais inteligentes do mundo em 2021. Segundo a Associação Brasileira de Internet das Coisas, ABINC, o país não está longe de ter mais cidades incluídas neste ranking.
“Muitos imaginam modelos de cidades inteligentes como projeção do futuro ou algo fictício. Entretanto, estamos mais perto de termos cidades conectadas do que nunca. Estamos observando que muitos projetos estão ganhando força e sendo implantados em diversos locais do país, mudando completamente o seu desenvolvimento”, aponta Aleksandro Montanha, presidente do comitê de Smart Cities da ABINC.
Com o objetivo de usar a tecnologia para melhorar a infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana e criar soluções sustentáveis para as comunidades, as Cidades Inteligentes poderiam solucionar problemas estruturais dos municípios brasileiros como, por exemplo, o transporte público e saneamento básico. “Com os mundos digital e físico cada vez mais interligados, é preciso que todo o ecossistema busque recursos que auxiliem na transformação urbana, econômica e social. Trata-se de uma oportunidade única para os governantes e empresários do setor investirem nesse legado”, comenta Montanha.
Com as mudanças aceleradas pela pandemia, a forma de todos agirem e pensarem mudou e isso, de acordo com o especialista, também torna propícia a criação de uma nova tendência e alterações efetivas necessárias para as cidades brasileiras.
No setor da saúde, por exemplo, a tecnologia trouxe a capacidade de diversos sistemas trabalharem integrados, o que resultou em soluções desenvolvidas em tempo recorde tanto para combater quanto para diagnosticar o Covid-19. “Hoje, por meio do descolamento rastreado pelo celular é possível avisar as autoridades sanitárias que emitem alerta às pessoas, como uma forma de evitar maior contágio. Além disso, existem diversas soluções como teleconsultas, ferramentas para agendamento online de consultas e vacinas que foram normalizadas durante a pandemia. Tudo isso faz parte do dia a dia de uma cidade inteligente”, explica o presidente do comitê Smart Cities da ABINC.
Ainda segundo o executivo, no momento faltam algumas iniciativas governamentais para que essa tendência ganhe maior atenção e conectividade. “Precisamos de uma implementação um pouco mais efetiva nos grandes centros e também nas cidades menores. Mesmo assim, acreditamos que este ecossistema seja pouco a pouco desenvolvido e consiga trazer outros destaques internacionais para o Brasil, como no caso de Curitiba, no ranking da Smart Community Forum”, finaliza.