Apesar do cenário positivo, empresas ainda encontram dificuldades na hora de captar crédito no mercado; Especialista explica as principais causas da negativa
A procura por crédito no Brasil aumentou 21% no mês de fevereiro, quando comparada ao mesmo período de 2021. Além disso, o mercado cresceu 10% em relação ao primeiro mês deste ano, de acordo com o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). O levantamento também mostrou que as empresas do setor de serviços tiveram uma procura mais expressiva: um salto de 134% em fevereiro de 2022 ante o ano passado. No varejo, a demanda por crédito subiu 22% em relação ao mês anterior e 44% contra fevereiro de 2021.
No entanto, apesar desse cenário positivo, muitas empresas ainda encontram dificuldades na hora de captar crédito no mercado. Pesquisa realizada recentemente pelo Sebrae revela que 60% dos donos de pequenos negócios que buscaram crédito no sistema financeiro tiveram o pedido negado, desde o início da crise da pandemia. Segundo Lucas Flores, co-CEO da BrBatel - fintech que tem como propósito revolucionar a maneira como empresas captam crédito no Brasil - são três as principais causas para a negativa de crédito: análise de crédito mal feita, documentação incompleta e não comprovação da capacidade de pagamento.
“Muitos credores não têm ferramentas tecnológicas e automatizadas de análise de crédito. Com isso, as análises acabam sendo feitas manualmente, o que além de moroso, acarreta em erros. Além disso, as solicitações de informações ocorrem por email e podem se perder, e contando com essa realidade, não é simples para o credor ter confiança na operação solicitada, contando com erros, números que nem sempre refletem a realidade e informações incompletas, fazendo com que a operação não seja aprovada”, explica Flores.
Tendo em vista estes fatores que justificam a recusa ao crédito, o especialista acredita que a maior parte das soluções para o sinal verde na captação de crédito passa por uma mesma resposta: um processo muito bem trabalhado, com as informações previamente organizadas por parte da empresa interessada no empréstimo.
Ainda de acordo com o especialista, caso a companhia consiga esquematizar e apresentar os elementos exigidos no processo de forma organizada, a chance do acordo ser negado cai consideravelmente. “Quando um credor recebe as informações exigidas de uma forma já sistematizada, a chance de ocorrer algum erro de interpretação é expressivamente menor, aumentando exponencialmente a probabilidade do negócio ser concluído”, finaliza.