Maior procura por investimentos automatizados é justificada pela busca dos investidores por diversificação e oportunidades de lucro com os altos e baixos do mercado
Apesar do Ibovespa ter registrado uma queda de aproximadamente 30% em março, o apetite dos investidores continuou a todo vapor no período. Dados da B3 apontam que mais de 300 mil CPFs novos foram adicionados na Bolsa somente em março, atingindo o total de 2,2 milhões investidores. Em cenário de alta semelhante, a TradeMachine - fintech que automatiza investimentos desde 2017 - observou um incremento de 11,1% na base de clientes e 25% em volume de receita no mês passado em relação a fevereiro.
De acordo com Rafael Marchesano, CEO da startup, o resultado alcançado é justificado pelo fato dos produtos da TradeMachine serem moldados para aproveitar tanto o viés de alta como os momentos de baixa do mercado financeiro. “Grande parte dos novos clientes vieram de agentes autônomos. Após a expressiva queda da Bolsa por conta do Covid-19 e os riscos econômicos que o vírus traz em seu rastro, observamos um movimento desses profissionais interessados em estratégias quantitativas para seus clientes. O objetivo basicamente é diversificar a composição das carteiras com produtos que proporcionam ganhos em qualquer cenário da Bolsa”, afirma.
O avanço registrado em março consolidou uma percepção da fintech em relação a mudança do perfil de clientes. Se até o fim do ano passado, 50% da base era composta pelos ‘early adopter’ - investidores pessoas físicas adeptas a inovação, atualmente o mesmo percentual é composto por profissionais ligados ao mercado financeiro, que já possuem experiência com ações, fundos de investimentos, COEs e carteiras recomendadas das principais casas de análises. “O interesse por investimentos baseados em modelos quantitativos vem crescendo porque esse público percebe que há produtos capazes de obter lucro com a movimentação da Bolsa e essa oportunidade é ainda maior em momentos de crise”, argumenta Marchesano.
Ainda segundo o empreendedor, atualmente a TradeMachine conta com uma lógica inteligente que escolhe as melhores estratégias para cada momento. Diferente do que ocorre no mercado, a fintech possui uma tecnologia que reúne os dados de todas as estratégias e utiliza inteligência artificial para analisar a performance em diversas janelas de tempo, identificando automaticamente a melhor combinação de estratégia para cada portfólio. “Dessa forma, o algoritmo seleciona as estratégias com maior probabilidade de ganho para as próximas semanas e atualiza o portfólio dos clientes ”, conclui.