Future Cyber Futurecom 2019 discute a proteção de dados
· Privacidade e segurança de dados são temas sensíveis na sociedade da informação
· Preparo das empresas para o LGPD se mostra um grande desafio
· Educar usuários para proteção de dados se torna cada vez mais necessário
São Paulo, agosto de 2019 – As tecnologias que facilitam a identificação de pessoas e a segurança dos dados se tornaram essenciais num mundo cada vez mais conectado como o que vivemos. As novas regulamentações General Data Protection Regulation (GDPR, ou Regulamento Geral sobre Proteção de Dados) que entrou em vigor na Europa; e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor no Brasil em 2020, já são resultado da necessidade de se proteger os dados pessoais e a circulação deles por qualquer dispositivo.
A segurança dos dados, como eles são tratados e a legislação impactam diretamente o investimento das empresas que buscam crescimento nos negócios, além de refletir na imagem corporativa, a partir do momento em que as organizações passam a garantir a privacidade das informações de seus clientes. Durante o Futurecom– maior evento de tecnologia, telecomunicação e transformação digital da América Latina, entre 28 e 31 de outubro no São Paulo Expo – essas e muitas outras questões que envolvem a segurança dos dados estarão em discussão no Future Cyber. Esse é mais um dos eventos paralelos organizados pela Informa Markets que compõem a 21ª edição do Futurecom. Além do Futurecom Congress, o Futurecom também promoverá os eventos Future Gov, Future Jud, Future Payment e Future Tech.
Assegurar a propriedade pessoal e corporativa seguindo a regulamentação se torna agora um dos maiores desafios das empresas. E isso envolve também a educação dos usuários em relação à segurança das informações, já que seus dispositivos armazenam e transmitem dados pessoais e corporativos. “As instituições e empresas que colhem dados de pessoas são as responsáveis por eles e devem se preparar para a LGPD, que entrará em vigor em agosto de 2020. Três áreas das organizações são responsáveis pelo cuidado especial com os dados: tecnologia da informação, gestão e compliance”, afirma Hermano Pinto, diretor do Futurecom. O executivo sinaliza que, se as empresas infringirem a LGPD, estarão sujeitas a penalidades como advertência, processo judicial multas altas e até suspensão das atividades.
Mobilidade e geoprocessamento – Como exemplo de como o tema é sensível, aplicativos usados intensamente que requerem dados de geolocalização para compras, entregas, mobilidade urbana, games e outros podem ser uma porta aberta para vazamento acidental de informações e imagens. E isso pode acontecer com qualquer pessoa. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), quase 229 milhões de telefones celulares estão em operação no Brasil. Ou seja, a maioria da população fornece informações pessoais às empresas de varejo e serviços.
A geolocalização, porém, não é uma vilã nesse contexto. Para o professor Humberto de Sousa, coordenador acadêmico do curso superior de tecnologia em Defesa Cibernética da Faculdade de Tecnologia FIAP, “a geolocalização pode permitir o desenvolvimento de soluções tecnológicas para diversos segmentos, e quando aliada com a inteligência artificial ganha horizontes amplos, principalmente quando falamos de ambientes inteligentes, sejam cidades, indústrias, hospitais ou qualquer outro ambiente inserido em nosso meio”.
Questões como essas serão debatidas nas palestras e painéis do Future Cyber com temas variados que incluem os macrotemas Inteligência Artificial, Cybersegurança e Block Chain para o público que envolve gestores de TI e telecom, cientistas de dados, gestores de BI e executivos de inovação. “Future Cyber tem o papel educativo para os profissionais avaliarem rapidamente os métodos de coleta e curadoria de dados e supervisão, e desenvolvam políticas de retenção de dados mais eficazes em prazo hábil da vigência da lei”, reforça Hermano Pinto.