A transformação digital promoveu grandes mudanças com impacto significativo no setor financeiro. A utilização cada vez maior da Internet e dos smartphones, acompanhada do surgimento das fintechs, democratizou o acesso aos serviços financeiros, especialmente entre os chamados “desbancarizados” que, segundo o IBGE, pode chegar a 60 milhões de brasileiros capazes de movimentar R$ 665 bilhões ao ano.
Os motivos que levam as pessoas a se afastarem dos bancos farão parte das discussões do Future Payment, um dos espaços que compõem o Futurecom – maior evento de tecnologia, telecomunicação e transformação digital da América Latina, que acontece entre 28 e 31 de outubro no São Paulo Expo. Segundo especialistas, as causas vão muito além do dinheiro e estão relacionadas com as taxas cobradas pelos bancos tradicionais, além da falta de praticidade nas operações.
Para Hermano Pinto, diretor do Futurecom, essa população estava afastada dos serviços bancários por razões como tarifas, demora nas filas, falta de agências em sua região ou mesmo por estar com o crédito negativo. “A transformação digital altera a realidade das instituições tradicionais e as conduzem à renovação de suas estratégias com base nas possibilidades que a tecnologia lhes proporciona; vivemos uma verdadeira inclusão financeira”, analisa Hermano Pinto.
Durante o congresso Future Payment, serão debatidos importantes temas sobre as tendências do ecossistema financeiro, como por exemplo, a flexibilização e facilidade de acesso aos serviços bancários. Com a palestra "Nem dinheiro, nem cartão: como seus filhos comprarão no futuro?", Felipe Del Nero, vice-presidente de Customer Excellence Operations da Worldpay, trará em discussão como serão os novos meios de compras que serão utilizados pelos consumidores.
Outro assunto que será amplamente discutido serão as oportunidades geradas com a tecnologia contactless. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o volume de transações com cartão de crédito e débito no Brasil deverá crescer 17%este ano. Hoje, o pagamento sem contato é responsável por menos de 5% de todas as transações ao redor do País e a expectativa é que essa quantidade mais do que dobre até 2020.
Serão três dias de palestras e painéis com temas variados que incluem Open Banking, Contactless, Blockchain, E-Wallets, Stablecoins & Moedas Digitais, Private Label, Mobile Payments e Tokenização, Segurança & Fraude. Já confirmaram presença o diretor de E-commerce da rede varejista Magazine Luiza, Julio Rodrigues; COO e cofundador da PITAIA BANK, Augusto Santos; diretor de Varejo e Marketing na Petróleo Ipiranga, Jeronimo Santos; CTO Blockchain na IBM Brasil, Henrique Duarte; presidente da Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto), Luiz Roberto Calado; presidente da Ripple Brasil e América do Sul, Luiz Antonio Sacco; Head de Tesouraria do McDonald’s, Ana Lucia Honorato; cofundador da Nexoos, Daniel Murrer Gomes; fundador da Zaitt, Rodrigo Miranda; CEO e fundador do Guia Bolso, Thiago Alvarez; COO e cofundador do EBANX, João Del Valle; gerente executivo de TI no Banco Original, Paulo Felipe Oliveira Antonio, entre outros.
O Future Payment é um dos cinco eventos paralelos que compõem a programação da 21ª edição do Futurecom.Além do Future Congress, o Futurecom também promoverá os eventos Future Gov, Future Jud, Future Cyber e Future Tech. “O Futurecom se consolida como um evento completo de transformação digital, que combina a hiperconectividade trazida pelas novas tendências, que serão apresentadas na área de exposição e debatidas durante o Congresso Internacional”, complementa o diretor do Futurecom.