Para Carine Roos, CEO da Newa, atividades devem ser seguidas ao longo de todo ano, não apenas durante a campanha
O tema da saúde mental tem ganhado cada vez mais força nos debates do universo corporativo. Afinal, lidamos nos últimos anos com as consequências da pandemia e o agravamento de problemas como depressão, ansiedade, estresse e síndrome de burnout. Apesar de tudo, isso contribuiu para que entrássemos em uma fase em que aprendemos a ter consciência sobre a nossa saúde emocional, colocando-a como uma prioridade na rotina do dia a dia. Reforçando essa mensagem, a campanha Janeiro Branco deste ano traz como mote “O Ano do Equilíbrio", com o objetivo de chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional.
“Mais do que nunca, a campanha reforça a importância do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, mostrando que devemos buscar um manejo maior das nossas emoções, além de atividades que nos façam bem e nos propiciem momentos de descanso”, afirma Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, empresa de consultoria em diversidade, inclusão e saúde emocional para as organizações. “Políticas públicas são essenciais, mas as empresas também têm papel fundamental no desenvolvimento de ambientes psicologicamente saudáveis e seguros para os seus colaboradores”, garante.
Para a especialista em DE&I, é fundamental que as empresas estejam atentas a esse cenário e promovam ações que, de fato, sejam eficazes e possam ser aplicadas não apenas durante o Janeiro Branco, mas ao longo de todo o ano. Pensando nisso, a Newa elencou algumas dicas que podem auxiliar as organizações neste processo.
1. Disponibilize um canal aberto de comunicação
Mais do que falar, o RH e os gestores precisam estar abertos para ouvir. Por isso, vale a pena investir em um canal de comunicação aberto e seguro, em que os colaboradores possam se sentir à vontade para abordar os problemas.
2. Crie espaços de troca entre os colaboradores
Pode ser mais fácil dividir sintomas de angústia e desânimo entre os colegas e encontrar apoio entre aqueles que estejam passando pelo mesmo problema.
3. Ofereça benefícios corporativos focados na saúde mental
Há casos em que se faz necessário o apoio de profissionais como psicólogos e psiquiatras que devem fazer parte de um plano de saúde ou de outros recursos com app para este acesso.
4. Treinamento e cultura de bem-estar
Ajudar os gestores a perceberem sinais de adoecimento mental e abordarem de forma correta os profissionais também é uma ação que tem potencial de gerar um impacto positivo na organização. Os líderes e gestores devem receber treinamento apropriado para ajudar os funcionários a identificar seus problemas de saúde mental, se houver, e intervir com soluções. O treinamento é necessário porque cada funcionário é diferente.
5. Cultura do cuidado
Nesta sensibilização as lideranças aprenderão como desenvolver a autocompaixão e o cuidado com as pessoas do seu time a partir da prática de apreciação. O objetivo é que as lideranças saiam com insights práticos para ajudá-las a uma maior conexão com os seus times.