Projeto “Alunos Digitais” tem a missão de capacitar professores e engajar pais e alunos em um processo de desenvolvimento da cultura de cidadania digital e proteção de dados,.
Instituições de ensino em todo o Brasil vêm investindo cada vez mais em proteção de dados, a fim de estarem adequadas à LGPD. Segundo pesquisa divulgada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC. br), 60% das escolas particulares possuem políticas de proteção de dados contra 37% na rede pública. Observando este cenário, a seusdados - legaltech especializada na proteção de informações sobre clientes, parceiros comerciais e colaboradores para as empresas - desenvolveu o projeto “Alunos Digitais”, que tem como objetivo conscientizar professores, pais e alunos sobre a importância da segurança de dados pessoais e assuntos relacionados à Lei Geral de Proteção de Dados.
A iniciativa propõe a inserção de atividades realizadas mensalmente, em sala de aula, baseadas em gamificação (utilização de jogos), que conscientizam professores e alunos sobre a proteção de dados pessoais. Além de preparar a criança e o adolescente para o mundo digital, o projeto ressalta a importância da internet e como ela pode ser positiva, incentivando a formação de uma cultura de cidadania digital.
“Um dos maiores desafios nesses projetos de adequação à lei está na dificuldade existente para gerar conscientização de um dos atores mais importantes no processo de tratamentos de dados nas escolas, o professor”, afirma Marcelo Fattori, CEO e fundador da seusdados. “O educador via de regra está na sala de aula e, portanto, tem pouco tempo para os treinamentos necessários”, explica.
O programa foi desenvolvido com o apoio de um time de pedagogos e especialistas em proteção de dados e atende às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para Marcelo Fattori, o sucesso do “Alunos Digitais” está no engajamento familiar e no tratamento da proteção de dados no ambiente escolar. “Para que o processo de transformação cultural aconteça não deixamos de considerar a ponta mais importante do programa que é o apoio dos familiares”, explica. “Dessa forma, será possível solidificar essas ações e fomentar a participação dos pais nas atividades do projeto”, ressalta.
A participação dos pais e responsáveis é incentivada pelos próprios alunos, que são premiados à medida em que avançam no jogo e conseguem demonstrar a implementação de boas práticas no uso da internet em sua casa. “Cria-se com isso um círculo virtuoso, educadores treinados educam os alunos que incentivam os pais a colocar em prática na sua casa essa cultura de cidadania digital e proteção de dados, que por sua vez ficam mais atentos ao compartilhamento de dados pessoais com a escola”, finaliza Fattori.
Dividido em seis fases, o game aborda temas importantes como: Privacidade de dados pessoais; Quais são os direitos do cidadão; O que é preciso para ter uma navegação segura na internet; Imagem e reputação nas redes sociais; Propagação de fake news, jogos online, cyberbullying; e Perigos e como evitá-los.
À medida em que os alunos evoluem nas atividades propostas pelo projeto e chegam ao final, o participante é contemplado com o selo de “Guardião da Privacidade". “Mais que conscientizar esses jovens e crianças, o jogo aproxima a família para o tema – que também aprende sobre LGPD e a importância da privacidade de dados”, explica Fattori.
O projeto é destinado às escolas, da rede pública e privada, e será dividido em etapas. “O primeiro passo, assim que iniciamos o programa na escola, é capacitar os professores acerca do tema para que possam, por meio do jogo, conscientizar os alunos sobre a importância da privacidade de dados e informações”, explica Marcelo Fattori.
“A proteção de dados é um direito garantido na Constituição e a nossa missão com este projeto é, de alguma forma, contribuir com a formação cidadã desses alunos, para que cresçam mais conscientes de seus direitos e deveres, dentro e fora do mundo digital”, finaliza.
Pesquisa aponta que 22,3 milhões de jovens entre 9 e 17 anos estão conectados à internet
Segundo a pesquisa, “Privacidade e proteção de dados pessoais 2021: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil”, realizada pelo NIC.br, 93% dos brasileiros com idades entre 9 e 17 anos são usuários da internet, o que corresponde a 22,3 milhões de jovens conectados. “A análise desses dados, a partir da perspectiva das escolas, demonstram a necessidade de preparar crianças e adolescentes para a cidadania digital”, comenta Marcelo Fattori.
“É importante que as instituições de ensino iniciem esse processo de transformação da cultura digital nas escolas e desenvolvam políticas de tratamento de dados. Esse tipo de iniciativa é apenas uma parte de um processo complexo, que exige a conscientização e tratamento permanente de todos os colaboradores envolvidos, a fim de se criar uma trativa especial da escola no ambiente da nova legislação”, finaliza Fattori.