Por Matheus Neto, Gerente de Soluções de Hardware da Diebold Nixdorf

Neste momento em que empresas dos mais diversos segmentos enfrentam a pressão por gerar experiências cada vez mais integradas e personalizadas, é bastante comum ver esforços mirando às soluções digitais como o grande foco dos esforços corporativos. A realidade, porém, nem sempre acompanha a tendência 100% virtual. Ao contrário, o ambiente físico tem se mostrado imensamente importante para os negócios. Esse é o caso do setor bancário: apesar da crescente força das contas digitais, pesquisas seguem ressaltando a presença dos caixas eletrônicos como uma das principais fontes de acesso a dinheiro e informações bancárias dos brasileiros.

A explicação para esse efeito faz sentido quando pensamos na lógica do omnichannel. Afinal de contas, se a meta é oferecer atendimento integrado e multicanal, parece ser bastante oportuno dizer que o caixa eletrônico continua a ser um ponto de contato útil e relevante para a população, não apenas dos clientes desbancarizados, como também de consumidores que usam o digital, mas querem serviços – ou dinheiro em espécie – para seu dia a dia. Na era da automação inteligente, os caixas eletrônicos surgem como agências completas, com a possibilidade de autoatendimento e a experiência física à distância de alguns toques.

A questão, portanto, não é pensar de maneira excludente, tendo de escolher entre ATMs e Aplicativos. Ao contrário, é a união e a conjunção dessas ferramentas que tornarão a experiência dos consumidores mais completa, segura, ampla e efetiva. É fato que os clientes confiam cada vez mais na tecnologia e a integram em diferentes aspectos das suas vidas, inclusive quando se trata suas transações financeiras. Há, paralelo a isso, um movimento grande das pessoas rumo ao autoatendimento, com soluções de automação ganhando espaço desde redes de fast food até hipermercados e lojas de departamento e postos de gasolina, entre outros.

Estes cenários não são diferentes do mercado de bancos e financeiras. No último ano, houve um aumento de 25% de instalações de terminais de autoatendimento no Brasil, mesmo ano em que vimos o desenvolvimento do PIX. E o que isso demonstra? Basicamente, que as organizações podem aproveitar essa oportunidade e utilizar os terminais como solução integradas – e, assim, caminhar para a era omnichannel verdadeiro

Neste contexto, as empresas podem agregar o uso do equipamento em sua estratégia de integração multicanal ao incluir os caixas eletrônicos com serviços exclusivos, aproveitando sua acessibilidade, inclusive em estabelecimentos comerciais, como supermercados e lojas de conveniência. Com funcionalidades inovadoras e avançadas, o caixa eletrônico pode ser um ponto de contato inestimável para instituições financeiras e seus clientes bancários que utilizam aplicativos móveis, mas que precisam sacar "dinheiro vivo" em algum momento, algo que não é possível pelo celular. Estes ATMs permitem que os clientes usem uma variedade de métodos de pagamento, incluindo cartões de débito ou crédito e transferências eletrônicas também para a compra de serviços do próprio banco.