O papel dos influenciadores na conscientização dos sorteios responsáveis
Não é novidade que a prática de sorteios e rifas são popularizadas a cada dia mais, especialmente por influenciadores digitais que têm um papel significativo na promoção dessas atividades. No entanto, junto com essa popularidade, surge a necessidade de conscientização sobre os potenciais impactos negativos do jogo irresponsável e ilegal. Segundo uma pesquisa realizada pela MuseFind, divulgada pela Forbes no ano de 2023, 92% dos consumidores confiam mais nos influenciadores do que na publicidade tradicional.
Esse dado se torna alarmante quando existem nesse meio pessoas mal-intencionadas, que aproveitam da sua posição e popularidade na internet para promover jogos que prometem ganhos significativos, mas que na realidade a verdade por trás dessas promessas é completamente diferente. Temos um recente exemplo que ficou em evidência e entrou na mira de uma investigação após alguns usuários relatarem terem levado um golpe, como foi o caso do “Fortune Tiger”, também conhecido como “Jogo do Tigrinho”.
A realidade é que o uso das redes sociais chegou como uma facilitadora, e dentro deste universo quem comanda são os influenciadores. Por isso, os creators têm um papel importante de serem transparentes e cuidadosos ao compartilhar e divulgar qualquer tipo de ação em suas redes, sejam elas sobre sorteios, rifas, promoções, produtos, entre outros.
Com estimativa de atingir mais de R$900 bilhões em 2030, segundo um estudo divulgado pela Grand Review Reaserch, a popularidade desse mercado de sorteios e jogos de azar tem crescido consideravelmente, principalmente entre os jovens. Um levantamento do Instituto QualiBest, mostra que cerca de 76% dos internautas já participaram de algum tipo de aposta ou jogos de azar.
Sabemos que os influenciadores digitais têm um alcance significativo e uma capacidade única de influenciar o comportamento de seus seguidores. Portanto, estes podem e devem desempenhar um papel crucial na conscientização sobre os sorteios responsáveis. Ao se associarem apenas a sorteios que seguem as leis e regulamentações locais, não só promovem práticas legais, mas também transmitem a mensagem de responsabilidade aos seus seguidores.
É essencial ter consciência que parte de seu conteúdo é para educar os seguidores, principalmente sobre os riscos associados ao jogo compulsivo e irresponsável. Compartilhar informações sobre como reconhecer os sinais de comportamento de jogo problemático e onde buscar ajuda, também são pontos importantes que merecem ser discutidos. Além disso, ao participar de sorteios ou promover produtos relacionados ao jogo, os criadores de conteúdos devem ser transparentes sobre sua relação com as marcas e garantir que o conteúdo seja honesto e ético.
As marcas valorizam parcerias que promovem práticas responsáveis e com propósito, o que torna a responsabilidade desses profissionais mais desafiadora. Em 2018 o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revelou que as notícias falsas se propagam 70% mais rápido do que as verdadeiras. Com esse alcance e engajamento, muitos perfis utilizam esses meios para viralizar e, consequentemente, obter lucro. O que reforça ainda mais a busca incansável destas marcas por influência responsável e segura.
Por fim, é essencial utilizar desta influência ao promover a práticas de jogos conscientes e legais, já que estas não apenas protegem os seguidores de possíveis impactos negativos e golpes financeiros, mas também contribuem para a construção de uma comunidade online mais segura e ética.
*Lucas Barchetta é CEO do “Faz Lá”, uma plataforma pioneira no Brasil que oferece um espaço onde campanhas promocionais se transformam em experiências exclusivas, por meio da conexão de influenciadores e as causas que realmente importam.