O que vale o big data no agronegócio sem desenvolvimento humano?

Geógrafo Abimael Cereda Júnior mostra como eventos como o AGROFUTURE SUMMIT são importantes para unir cérebro e ferramentas digitais.

A sociedade está no meio de uma nova revolução. Na segunda metade do século XVIII, a revolução industrial mudou os meios e as relações de produção e possibilitou o encurtamento das distâncias. E agora, a revolução digital possibilita o encurtamento do tempo, chegando na sociedade 4.0.

Mas esse encurtamento do tempo é relativo no agronegócio. Por mais que os processos sejam digitalizados, o cultivo de plantas tem seu tempo. Não é possível, ainda, mesmo com toda biotecnologia e desenvolvimento genético, mudar o tempo de plantio, crescimento e colheita de produtos agrícolas. E, nesse cenário, o agronegócio precisa entender que o cérebro humano é a principal ferramenta.

A “geografia das coisas” está em tudo, muito além de sensores e de máquinas conectadas. É preciso entender todos os processos, a inteligência desenvolvida por pequenos produtores que encontram em soluções simples respostas para grandes problemas. Esse é o tema da palestra de Abimael Cereda Júnior, geógrafo, mestre e doutor em Engenharia Urbana e diretor executivo da Geografia das Coisas, no AGROFUTURE SUMMIT.

“A agricultura sempre foi up to date. O agro sempre inovou. O futuro do agro é agora, não é um mercado conservador. Os primeiros que trouxeram o GPS foram os produtores para pulverização. Se não utilizarmos as técnicas mais modernas, a gente não produz”, diz o especialista.

Mas de que adianta toda tecnologia sem os treinamentos corretos para os produtores medirem e entenderem os resultados? Os dados são gerados para quem? “O agro sempre foi big data, só não tínhamos computadores. Sempre foram usados dados de clima, relevo, tipo de solo”, explica Abimael. O drone é um exemplo. Muitos produtores correram para comprar o equipamento, mas logo o aposentaram, porque não souberam e não tiveram o treinamento necessário para fazer a leitura dos dados gerados.

O agronegócio está no momento de entender que é importante escalar conhecimento para pequenos e médios produtores. Só assim será possível alcançar uma mudança de cultura e ter uma revolução verdadeira e profunda, como defendeu o especialista.

E esse é o foco do AGROFUTURE SUMMIT. Levar conhecimento ao maior número de profissionais possível e levar especialistas de várias tecnologias para dentro do agronegócio.

Sobre o AGROFUTURE SUMMIT

Em sua primeira edição, o Agro Future Summit é um dos maiores eventos do país voltado para inovação e tecnologia para o agronegócio. Realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, o evento terá encontros simultâneos, webinars, cursos, conteúdo ao vivo, encontros e seminários. Todo o conteúdo poderá ser acessado por meio da plataforma, pelo computador, celular ou tablet. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas neste link:

https://agrofuturesummit.com.br/#inscricoes

CO-REALIZAÇÃO: O AGROFUTURE SUMMIT conta com a co-realização da FIEMG, SEBRAE Minas e Governo do Estado de Minas Gerais.