Stattrak é espécie de cartola para e-sports, com informações centralizadas sobre esportes virtuais e sistema de palpites, além de recompensa em moedas digitais

O mercado dos esportes eletrônicos, os chamados e-sports, tem registrado altas constantes nos últimos anos. Em 2021, por exemplo, o setor faturou US$ 1,08 bilhão, o que equivale a um aumento de 14,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da consultoria Newzoo. Essa mesma tendência também é vista no segmento de criptomoedas, como o site CoinTrade Monitor demonstra ao revelar um crescimento de 417%, também em 2021, na movimentação de Bitcoins no Brasil. De acordo com o portal, as negociações ultrapassaram o valor de R$ 100 bilhões.

Com o aquecimento crescente dessas áreas, empresas de ambos os ramos estão se aproximando cada vez mais e trazendo soluções inovadoras para quem joga e, ao mesmo tempo, realiza transações financeiras de cripto. É o caso do aplicativo Stattrak, que cria a oportunidade para fãs do cenário esportivo digital acompanharem notícias e estatísticas de seus times e jogadores preferidos, além de premiar competidores com criptomoedas.

A plataforma, que está disponível gratuitamente para os sistemas Android e iOS, foi elaborada pela Novatics, principal desenvolvedora de produtos digitais do Brasil. Além de criar projetos de empresas de todo o mundo, a companhia tem uma incubadora de planejamentos internos, na qual Rafael Augusto, fundador da ferramenta e desenvolvedor há três anos no grupo, viu a chance de avançar na evolução do produto. Com isso, ele contou com uma rede de apoio na área de estratégia, design, tecnologia e marketing para colocar em prática a ideia de criar uma espécie de cartola para e-sports, mas com remuneração em moedas digitais para os melhores competidores.

O Stattrak utiliza um modelo play-to-earn, recompensando os usuários por meio de minigames, que, por sua vez, são baseados nos principais campeonatos de esportes eletrônicos. “Com satoshis (a menor fração do Bitcoin), os adeptos dos e-sports podem realizar saques para suas carteiras de criptomoedas”, explica Augusto. “A quantidade de jogos e competições nessa área vem crescendo a cada ano, portanto, a solução foi pensada como uma forma de centralizar informações, divertir os fãs e juntar dois mundos em ascensão - esse e o dos ativos digitais”, completa.

Um dos jogos que promete ser uma das grandes atrações do aplicativo é o “Fantasy Game”, em que é possível criar um “time virtual” com jogadores que estão participando de disputas reais e pontuar com base no desempenho deles nas partidas oficiais. “De maneira totalmente gratuita, o jogador compete com outros players para estruturar a melhor equipe da rodada e, a depender da performance, receber recompensas”, afirma o fundador do app.

Outro destaque entre os minigames da ferramenta é o “Palpites”, em que o usuário pode votar nos vencedores das partidas. “O jogador compete com outros concorrentes para ter mais pontos no ranking. Com os acertos dos vitoriosos, a pontuação aumenta, enquanto os erros a diminuem”, diz Flávio Alves, fundador da Novatics e também um dos criadores da plataforma.

“Especialmente no futebol, vemos diversas modalidades virtuais de jogos no estilo cartola e apostas. Dessa forma, é importante que empresas de tecnologia se debrucem sobre um segmento que cresce a sua popularidade a cada dia como o de esportes eletrônicos, de modo a criar novas técnicas e incentivar o meio”, complementa.

Para o fundador da Novatics, a companhia vê a sua incubadora de projetos como um espaço para explorar o potencial de inovação de novos produtos que dialoguem com temas em alta no mercado, a exemplo do Stattrak. “Além de ser um espaço para os times aprenderem e explorarem novas soluções tecnológicas, é um investimento em iniciativas de conteúdo que podem ganhar escala e visibilidade, principalmente em casos como esse, que tratam de assuntos relevantes da atualidade”, conclui.