Por Luis Ceciliato, Gerente Nacional de Vendas para o Brasil da Axis Communications
A transformação digital tem impulsionado o uso de sistemas de segurança física baseados em IP, trazendo maior conectividade, automação e eficiência para organizações de diversos setores. No entanto, essa modernização também expôs os sistemas a uma série de ameaças cibernéticas. É fundamental que empresas estejam cientes dos riscos e adotem práticas de segurança robustas para garantir a proteção dos seus sistemas e dados. Aqui, destaco as quatro ameaças cibernéticas mais comuns que podem afetar esses sistemas.
1) Ingenuidade e falha humana não intencional
Independentemente da excelência tecnológica aplicada na segurança cibernética, o fator humano continua sendo uma das maiores vulnerabilidades. Erros como a má gestão de senhas, falta de atualização de sistemas, uso indevido de dispositivos conectados e falta de conscientização sobre práticas seguras abrem brechas para ataques cibernéticos. Phishing e engenharia social são formas comuns de explorar essas falhas. Para minimizar esse risco, é essencial treinar continuamente as equipes sobre as melhores práticas de segurança e restringir o acesso aos dispositivos a pessoas de confiança.
2) Mau uso deliberado do sistema
Pessoas autorizadas a acessar os sistemas de segurança podem, intencionalmente, usar seus privilégios de forma indevida. Ações como roubo de dados, manipulação de sistemas ou uso impróprio de recursos podem causar sérios danos à segurança e integridade do sistema. Para mitigar esse risco, é importante estabelecer políticas claras de gestão de permissões, onde cada usuário tenha acesso somente ao que for necessário para suas funções. Além disso, o uso de autenticação multifator e credenciais exclusivas para administradores são medidas que podem prevenir o mau uso deliberado.
3) Violação física ou sabotagem
Mesmo os sistemas de segurança mais avançados são vulneráveis à sabotagem física. Equipamentos mal protegidos ou instalados em locais de fácil acesso podem ser manipulados, danificados ou roubados, comprometendo a rede e expondo dados sensíveis. Cabos de rede sem proteção adequada podem ser desconectados ou cortados, resultando em perda de serviços. Garantir que todos os dispositivos estejam instalados em locais seguros, protegidos por barreiras físicas, e monitorados continuamente é essencial para evitar este tipo de violação.
4) Exploração de vulnerabilidades de software
Nenhum software é totalmente imune a erros ou falhas. Vulnerabilidades no código podem ser exploradas por hackers para ganhar acesso ao sistema, manipular dados ou interromper o funcionamento de dispositivos. Por isso, é crucial que os fabricantes de sistemas de segurança baseados em IP, como a Axis, adotem um modelo de desenvolvimento focado na segurança, corrigindo rapidamente bugs e vulnerabilidades e oferecendo atualizações regulares para os clientes. Além disso, é responsabilidade das empresas manter os sistemas sempre atualizados com os patches mais recentes de segurança.
Enfrentar essas ameaças requer um esforço conjunto entre fabricantes, distribuidores, integradores e usuários finais. A segurança cibernética não pode ser um elemento isolado. Ela precisa ser parte integrante de toda a infraestrutura de segurança física, garantindo que os dispositivos em rede estejam protegidos de ameaças e funcionem de forma eficiente em qualquer ambiente. Ao adotar práticas de segurança cibernética eficazes, podemos mitigar os riscos e assegurar que os sistemas de segurança cumpram seu papel de proteger ativos valiosos e manter a integridade das operações.