Empresa pioneira na implementação de dados no agronegócio explica a importância da efetivação da agenda ESG no setor; Marcas como McDonald's, Carrefour, BRF, Nestlé e Rabobank são clientes da bigtech
Responsável por quase 25% do PIB brasileiro, o agronegócio é um dos setores que mais cresce no país. Porém, na mesma medida que se expande em nossa economia, aumenta também a preocupação relacionada aos impactos ambientais trazidos pela área. Com o tema da sustentabilidade em alta, corporações do Brasil e do mundo buscam formas de adequar a essa mentalidade. Adotando como base a implementação da agenda ESG, a Agrotools, empresa líder em tecnologia para o agronegócio no Brasil e América Latina, tem sido uma aliada importante nessa equação, encontrando, inclusive, formas de trazer benefícios aos seus parceiros a partir dessa nova realidade.
“O agravamento da crise climática, o compromisso de grandes economias, como China, Estados Unidos, União Europeia e o próprio Brasil, com a mitigação das emissões dos gases de efeito estufa e a necessidade por maior controle do desmatamento na Amazônia, reafirmam que a questão sustentável não será uma onda passageira no planeta”, pontua Breno Felix, diretor de Produtos da Agrotools. Um dos núcleos mais importantes nesse sentido, o agro precisa acelerar sua adequação e cumprimento do código florestal e regulamentações de preservação do meio ambiente.
A boa notícia é que as questões de sustentabilidade não necessariamente representam um abalo nesse momento econômico que vive o agronegócio. “Aliás, elas podem servir justamente para o contrário, servindo como alavanca na rentabilidade e um fator contribuinte para o desenvolvimento do setor”, destaca o executivo. “Além das questões sociais e legais envolvidas, as corporações que se atentam à razão sustentável são retribuídas com novas oportunidades e acabam conquistando novos mercados e atingindo consumidores que estão cada vez mais mais exigentes”, completa.
O porquê de mudar
Não é de hoje que a sustentabilidade passou a se configurar como pauta fundamental para o agronegócio. “Desde a Eco-92, o setor do agronegócio passa por avaliações minuciosas e se vê na necessidade de cumprir algumas exigências e requisitos para se adequar a essa nova mentalidade”, pontua Felix.
Nesse contexto, foi instaurada a agenda ESG - sigla para Environmental, Social and Governance - um conjunto de critérios relacionados a questões sociais, ambientais e de governança corporativa que indicam o grau de maturidade, preocupação e comprometimento de um negócio com temas ligados a esses três pilares. “A área ambiental está relacionada a como as empresas afetam o meio ambiente e como elas agem para fazer a mitigação de riscos e seus impactos. Na área social, as corporações precisam olhar para seus colaboradores e a comunidade, que são afetados por suas operações. Já a governança está ligada aos stakeholders e à transparência que a empresa tem para sociedade como um todo”, explica o executivo.
Para Felix, além dos benefícios claros atribuídos à consciência sustentável, a maior adesão da sociedade faz com que essas condutas passem a ser valorizadas, se transformando em um diferencial competitivo no mercado, gerando maior valorização e interesse pelas marcas. "É possível afirmar que o agro não prosperará enquanto a sustentabilidade não estiver no mesmo patamar das decisões produtivas e operacionais”, garante.
Aliada do setor e parceira dos principais players do mercado
Criada em 2006 com o objetivo de acabar com a carência de dados sobre o agronegócio no Brasil, a Agrotools, aliada desse mercado há 15 anos, foi a primeira companhia a transformar a tecnologia numa ferramenta fundamental para entender o setor e alinhar a produtividade no campo com questões de responsabilidade social e ambiental. “São as ferramentas digitais que possibilitam a coleta qualificada de dados e o monitoramento de territórios e cadeias produtivas de forma eficaz, garantindo o cumprimento dos critérios de sustentabilidade”, ressalta Felix.
A bigtech, além de participar de temas relacionados a ESG com seus clientes, atua em pautas do mercado e mesas de discussão. “Os debates estão olhando para a forma que as empresas garantem que estão aplicando boas práticas e monitorando seus fornecedores, clientes e qualquer interação que precisam ter com o território”, explica o executivo.
Um exemplo prático dessa nova realidade é o caso do Grupo Carrefour, que utiliza uma plataforma de monitoramento da Agrotools para assegurar que a carne comprada de seus fornecedores esteja de acordo com os critérios definidos por sua política de carne sustentável, a qual teve profundo apoio da Agrotools em sua elaboração. Ainda no varejo, o Grupo Big também adotou a tecnologia da bigtech para o monitoramento de seus fornecedores de carne.
Para o McDonald’s, a Agrotools faz o monitoramento global da carne que vai se transformar em hambúrguer. “Hoje, nós trabalhamos com quatro países prioritários: Brasil, Argentina, Paraguai e Austrália, o que mostra que extrapolamos as fronteiras e começamos a aplicar protocolos de monitoramento, mapas de riscos e de oportunidades fora daqui”, ressalta o executivo. “Também fazemos um trabalho relacionado à soja, em que a Agrotools desenvolveu uma calculadora que estima o volume de grãos que foram utilizados para alimentar os frangos, que foram transformados em Nuggets e McChicken em todo o mundo. Com essa informação, os fornecedores do McDonald's podem mitigar riscos relacionados à origem da soja produzida em países com biomas sensíveis e prioritários, por meio da aquisição de créditos certificados de soja livres de desmatamento”, completa.
Essa mesma temática desencadeou um dos principais protocolos que a Agrotools trabalhou junto para construir, o Protocolo Verde dos Grãos. “É um protocolo público inspirado pelo Ministério Público Federal, com a condução pelo Comitê Gestor, do qual participam, além do MPF, o Governo do Estado do Pará, Municípios, Entidades de classe e empresas da cadeia produtiva dos grãos, com especial atuação do Programa dos Municípios Verdes, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará e Abiove”, ressalta Felix. Seguindo esse contexto, todas as tradings associadas à Abiove e Anec usam tecnologia Agrotools no cumprimento ao Protocolo, assim como a BRF, que aplica as ferramentas da Agrotools para monitorar toda e qualquer compra de grãos dentro do Brasil, com foco em milho, soja e sorgo dentro de todos os biomas.
Para a Nestlé, a bigtech realiza o monitoramento socioambiental da cadeia do cacau, do café e dos produtos hortifrúti. “Iniciamos o projeto Nestlé Cocoa Plan, que produz o Kit Kat. Nele, atuamos juntos de 100 produtores, fazemos o monitoramento socioambiental de todas essas propriedades, localizadas na Bahia, Espírito Santo, Pará e Rondônia. Agora, expandimos para monitorar todas as fazendas de café da Nestlé, que estão ligadas ao Nescafé Plan, um projeto global. Além disso, vamos monitorar fazendas produtoras de frutas utilizadas nos produtos da marca, como morango e banana”, explica o executivo.
Na frente de crédito, a bigtech atua dentro das instituições financeiras e também com as principais cooperativas de crédito, como Sicredi e Sicoob. “O Banco Central, por exemplo, dispõe de resoluções e diretrizes que precisam ser observadas para estabelecer e implementar políticas de responsabilidade socioambientais por todas as instituições financeiras e instituições autorizadas a funcionar e ou utilizar recursos da União”, pontua o executivo. “Também temos um amplo projeto com o Rabobank, em que a tecnologia Agrotools que permite aplicar o modelo de qualificação dos clientes do banco quanto às questões socioambientais previstas de acordo com sua política global”, complementa.
Por meio de algoritmos próprios, a Agrotools já ultrapassou 4,5 milhões de territórios rurais analisados na última década, o que equivale a mais de 200 milhões de hectares - ou a 200 milhões de campos de futebol. A companhia monitora mais de R$ 100 bilhões em operações do setor, R$ 15 bilhões em commodities e 60% do abate bovino brasileiro. Atingindo níveis de crescimentos exponenciais nos últimos anos, a Agrotools conquistou a marca de R$ 130 milhões de receitas recorrentes em 2021, assumindo o potencial de se tornar o primeiro unicórnio do agronegócio brasileiro.