Relatório aponta crescimento de 55% no volume de ameaças cibernéticas, em relação ao ano anterior, e é recorde ao superar a marca de 2016, de 82 bilhões de ataques

O relatório anual da Trend Micro, líder mundial em soluções de cibersegurança, revela um aumento preocupante no número de ameaças cibernéticas, com o bloqueio de 146 bilhões de ataques em 2022, o que representa crescimento de 55% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 94,2 bilhões de ameaças.

O número é recorde, superando a marca de 2016 que foi de 82 bilhões de ataques. Embora nos anos seguintes tenha ocorrido queda no volume de detecções, que chegou a despencar para 48 bilhões em 2018, a pandemia alavancou a ação do cibercrime e pode ser considerada a grande responsável por esse aumento vertiginoso, principalmente pela adoção do trabalho remoto que mudou o cenário de ameaças.

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“A Trend Micro tem feito um esforço contínuo para expandir as proteções à superfície de ataque, aprimorando as tecnologias e destacando a atuação crescente dos agentes mal-intencionados, além de reforçar a necessidade de as empresas adotarem múltiplas camadas de proteção para detectar e bloquear ameaças em potencial”, ressalta Jon Clay, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Trend Micro.

O relatório anual da Trend Micro revela:

• Ameaças de ransomware, que passaram de ataques em massa para ataques direcionados com a atuação das famílias modernas;

• Detecções contínuas de arquivos maliciosos, ao longo dos anos, em função do aumento das configurações de trabalho em casa durante a pandemia;

• Perspectiva de longo prazo para famílias de alto nível, como WRCY, Emotet e do ransomware moderno;

• Perspectiva de longo prazo para setores específicos, como saúde e similares.

Ransomware

Os ataques de ransomware têm apresentado tendência de queda, ao longo dos anos, com o pico de mais de 1 bilhão de ameaças registradas em 2016. A partir de 2018 houve uma mudança no perfil de ataques, despencando para 55 milhões naquele ano, e aumentando ligeiramente para 61 milhões em 2019. Os índices desse tipo de ameaças continuaram a cair nos anos seguintes, chegando a 41 milhões em 2020 e 14 milhões em 2021. Em 2022, houve um ligeiro crescimento com o registro total de 15,76 milhões de ataques ransomware.

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“Os ataques de ransomware estão cada vez mais direcionados e sofisticados. As empresas precisam se antecipar aos criminosos, adotando ferramentas e implementando práticas de segurança que protejam o ambiente digital. Segurança precisa ser tratada como investimento por todas as companhias”, recomenda Cesar Candido, diretor geral da Trend Micro Brasil.

Em 2022, o segmento mais atingido por ransomware foi o de Governo. A área de healthcare chegou a ocupar a segunda posição, em 2019, com 39 milhões de registros, mas em 2022 perdeu força, terminando o ano em quarto lugar. O setor bancário foi o segundo mais alvejado, em 2020 e 2021, com um total de 22 milhões e 17 milhões de detecções, respectivamente. A indústria é outro setor que se manteve entre os top 5, garantindo o terceiro lugar entre os segmentos mais atacados em 2019, 2020 e 2022.

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As fraudes de CEO e BEC (Business Email Compromise, ou seja, via e-mail corporativo) aumentaram significativamente nos últimos anos. A fraude de CEO passou de 12,5 milhões, em 2018, para 23,2 milhões em 2022, o que representa crescimento de 87%. As tentativas de BEC subiram de 54 milhões, em 2018, para 253 milhões em 2022, um salto de 365%. Essas tendências destacam a necessidade de as organizações implementarem medidas de segurança mais robustas para se protegerem.

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Em 2022, os Estados Unidos lideraram a lista de países mais frequentemente atacados por tentativas de fraude de CEO, seguido por Austrália, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia. Vale a pena destacar que os países de língua inglesa continuam sendo o principal alvo desse tipo de ataque.

O relatório “Fast Facts” é divulgado pela equipe de pesquisa da Trend Micro com atualizações mensais sobre o cenário de ameaças, tendo como base a solução Trend Micro Smart Protection Network (SPN), que analisa a infraestrutura de segurança de dados. Além dos sensores da SPN, os dados coletados também vieram de pesquisadores da Trend Micro, da equipe do Zero Day Initiative (ZDI), das equipes de Threat Hunting, TippingPoint, Serviço Móvel de Reputação de Aplicativos (MARS), Smart Home Network (SHN) e serviços de Reputação de IoT.

Para mais detalhes do relatório, acesse AQUI.