Quase todos os varejistas estão correndo para construir uma estratégia omnichannel. Cada vez mais, startups e empresas estão desenvolvendo recursos on-line e combinando-os com sua experiência em loja física. Mesmo com as facilidades do e-commerce, 47% dos consumidores vêem valor na experiência do físico, segundo dados da Forrester. Dessa forma, investir nos recursos que o comércio eletrônico oferece ao consumidor pode ser decisivo para evitar a desistência de compra no varejo e fidelizar mais clientes nas lojas físicas no próximo ano.
Para Gustavo Reis, Head de Negócios do Direct – plataforma de gestão do varejo do Grupo Olist, que combina estratégias omnichannel, CRM e PDV – é possível usar a tecnologia e soluções que nasceram no e-commerce para as lojas físicas, proporcionando melhor experiência de compra e conversão para as lojas. “Os varejistas que migraram para o digital durante a pandemia tiveram que fazer outra mudança rápida em 2022, quando os compradores voltaram às lojas físicas. Não importa qual produto a loja vende, hoje é possível levar a experiência digital para dentro do ponto físico, transformando os vendedores em consultores, integrando também todos os canais conectados ao e-commerce dessa loja”, comenta.
Com a aproximação da chegada de 2023, o especialista elenca cinco tendências do e-commerce que devem ditar as compras nas lojas físicas no próximo ano. Confira:
1.“Prateleira infinita”
O consumidor que compra online está habituado ao mix de produtos e sortimento infinito do ecommerce. Por isso, uma estratégia para os varejistas de lojas físicas é integrar e ter acesso para controlar todos os estoques digitalmente, o que possibilita que o consumidor compre um produto na loja física, mesmo sem ter o item localmente. “Essa solução facilita a conversão e vida do cliente, já que o vendedor pode consultar diversos estoques, como o e-commerce, lojas de outras unidades, se for franquias, parceiros, e até centros de distribuição, e o cliente recebe o pedido em casa. Com a prateleira infinita, o lojista melhora a experiência do consumidor presencial e como consequência reduz os “abandonos de carrinho” na loja física”, explica Reis.
2. Estoque de produtos integrado
Com um estoque integrado a diversos canais – e não só dependente da loja física – o cliente sempre terá a opção de compra quando estiver na busca de um produto específico. O vendedor poderá, por exemplo, realizar a venda com o tempo incremental de expedição feito por outra loja (omnicanalidade) ou na conveniência do ecommerce.
3. Conversão de carrinhos
A atuação do vendedor das lojas físicas está cada vez mais poderosa, possibilitando casos em que o consumidor cria relacionamento na loja e compre pelo WhatsApp ou outros canais. Essa tendência é grande ao redor do mundo e já tem o nome de Clienteling, ação que integra recursos de vendas digitais para que os vendedores gerem experiências excepcionais para o cliente na loja.
4. Pop-up stores ou lojas temporárias
Assim como campanhas são envelopadas nos sites, as marcas estão cada vez mais adaptando essa ação promocional e criando lojas físicas com períodos e objetivos específicos, por exemplo, utilizando datas e sazonalidades, como o inverno em Gramado, para se conectar com seus clientes e vender mais. Além disso, a parceria com influenciadores digitais para ajudar na conversão das lojas físicas tem crescido cada vez mais, se tornando uma importante ferramenta de vendas.
5. Fim das filas
Novas tecnologias possibilitam checkouts distribuídos, permitindo que o consumidor pague as compras sem precisar ir até o caixa da loja, gerando muita conveniência especialmente em períodos de alto movimento. A plataforma Direct, por exemplo, permite que o vendedor realize transações no próprio celular, com acesso à cobertura de conciliação fiscal, além de criar carrinhos de qualquer lugar, encaminhando o cliente ao caixa somente para pagamento, ou até mesmo gerando um link ou QR Code personalizado para que o próprio cliente finalize a compra em casa.