Empresas preocupadas com o tema têm ambientes mais inovadores e estão melhor posicionadas no mercado, explica CEO da consultoria Newa

Implantar a diversidade e inclusão nas empresas não é uma tarefa tão simples quanto parece. Para muitos, a promoção dessas ações se resume em contratar colaboradores dos grupos minorizados e socialmente excluídos. Contudo, só isso não basta. É preciso desenvolver uma gestão atenta e preocupada com o bem-estar de seus funcionários e da sua cultura organizacional.

Segundo pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Vagas.com, em 2019, 62% das empresas não estavam preparadas para lidar com o tema. Em contrapartida, as organizações que possuíam comitês de diversidade conseguiam promover um ambiente de trabalho mais inovador, melhor posicionamento de mercado, além de atingir uma performance financeira mais satisfatória.

"Os comitês de diversidade desempenham papel fundamental dentro das organizações, uma vez que são os responsáveis por elaborar, colocar em prática e monitorar o andamento das ações sobre o tema. No entanto, só se consegue fazer um trabalho sério se as empresas tiverem lideranças comprometidas com a transformação cultural. Sem isso, os comitês perdem força”, afirma Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, consultoria especializada na capacitação de líderes e seus colaboradores.

Para a especialista em Diversidade & Inclusão, esses squads impactam de diferentes formas a rotina institucional, pois, além de possibilitar uma ampliação de  ambientes mais saudáveis e seguros, são espaços capazes de promover ações de escuta ativa e troca entre os colaboradores.

“Além de monitorar e promover ações, esses espaços também permitem que as pessoas sejam ouvidas e tenham voz para liderar processos internos. Se não tiver nada estruturado em conjunto, com as metas da organização, com os objetivos estratégicos do negócio, liderança engajada, time de diversidade junto e RH acompanhando esses processos, os comitês perdem força”, comenta Carine.