Por Ana Cláudia Ulhôa
As fintechs não param de crescer no Brasil. De acordo com o estudo Fintech Mining Report 2019, realizado pela holding de negócios voltados à inovação Distrito, existem 550 empresas do segmento no país, e a expectativa é de que esse número aumente ainda mais. Com o intuito de discutir esse mercado em ascensão, o Future Summit, evento organizado pelo Polinize em parceria com a ESPM, que ocorrerá no dia 07 de novembro, a partir das 9h, no campus Álvaro Alvim da ESPM, em São Paulo, contará com a palestra do New Products and Strategies da Creditas, Raphael Dyxklay.
Para explicar o boom das startups que atuam no setor financeiro, Raphael conta que é preciso levar em consideração as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros. “A gente está falando de um mercado com taxas de juros cerca de 10 ou 15 vezes maiores do que as que a gente encontra em países como os Estados Unidos, por exemplo. Isso gera uma oportunidade de resolução de problema muito grande. De modo geral, para as startups quanto maior o problema, mais elas vão investir na promessa de resolução”, explica.
Ainda segundo a Distrito, as fintechs de crédito ocupam hoje o segundo lugar em número de empresas dentro desse segmento. Raphael Dyxklay esclarece que para quem atua com crédito esse cenário é extremante positivo, já que a concorrência pode trazer alguns benefícios. “Quando a gente olha bem para uma Creditas da vida, que é líder do seu segmento, a gente vê um pedacinho de market share mínimo. Então o surgimento de várias outras fintechs tende a ser muito bom para a gente, porque estamos falando de um mercado muito grande e que começa a contar com mais complementariedades, mais possibilidades de aquisição e parcerias”, diz.
O New Products and Strategies da Creditas também lembra que com a ascensão das fintechs as carreiras na área se tornam cada vez mais atrativas e devem ser uma opção pensada com carinho pelos estudantes que estão prestes a entrar no mercado de trabalho. “A gente ainda está com uma escassez de talentos muito grande para o que a gente está buscando executar. Então, em primeiro lugar, é um mercado que vai valorizar muito o bom profissional, isso é uma tendência cada vez mais forte. E, em segundo lugar, é um mercado que naturalmente vai crescer muito”.
Além disso, Rafael reforça que para buscar uma vaga dentro de startups como a Creditas não é preciso ter uma formação específica em tecnologia. “Não é que a gente precise de gente formada em Engenharia da Computação, existem muitos cargos que exigem outras habilidades, algumas nem são ensinadas na faculdade. Você precisa tanto da prática quando de instituições de ensino que estejam olhando um pouco mais para esse mercado, como é o caso da ESPM”, afirma.
Raphael Dyxklay diz ainda que considera eventos como o Future Summit essenciais. “Eu acho que iniciativas como essa também vão muito de encontro a essa necessidade de suprir uma deficiência que a gente tem como país mesmo, que é a capacidade da gente relacionar de forma cada vez mais forte a educação e o mercado de trabalho que está emergindo com as startups”. Ele também garante que a Creditas estará de olho em novos profissionais durante o evento. “A gente é bastante ativo em todas as oportunidades que a gente tem de se aproximar de faculdades, de eventos de capacitação. Hoje a estratégia de recrutamento é uma das principais prioridades da empresa e a gente vai estar muito atento a como utilizar o Future Summit para poder suprir o nosso desafio de aquisição de talentos”.
Os interessados em participar do evento podem fazer suas inscrições pelo link https://www.futuresummit.com.br/até o dia o dia 6 de novembro.